CASTEL GANDOLFO, 11 AGO - O papa Bento XVI voltou a lamentar as catástrofes naturais que atingiram diversas regiões recentemente, e citou a Polônia e outros países do norte da Europa, invocando socorros eficazes e ajudas econômicas concretas.
"Me uno espiritualmente àqueles que nos últimos dias sofreram por causa das inundações", afirmou ele ao final da audiência geral desta quarta-feira, realizada no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo -- onde o Pontífice passa o verão (do Hemisfério Norte).
"Peço a Deus que dê a eles as forças para suportar as adversidades e estimule os corações dos homens de boa vontade à generosa e eficaz ajuda", continuou o Papa, dirigindo aos peregrinos uma saudação em polonês.
As fortes chuvas e consequentes transbordamentos de rios já mataram pelo menos 14 pessoas na Europa desde o final de semana. Na última audiência geral, Bento XVI já havia pedido que a solidariedade internacional se mobilizasse a favor da Rússia, do Afeganistão e do Paquistão, onde o mau tempo deixou mais de 1.600 vítimas fatais.
Cerca de três mil fieis compareceram à solenidade de hoje, provenientes de várias partes do mundo. Durante seu discurso, o Papa falou do martírio, apontando que este "é um grande ato de amor e uma resposta ao imenso amor de Deus".
O líder máximo da Igreja Católica citou São Lourenço, São Ponciano Papa, Santa Teresa Benedita da Cruz e São Maximiliano Maria Kolbe -- os dois últimos mortos no campo de concentração nazista de Auschwitz.
"O mártir é uma pessoa absolutamente livre, frente o poder e o mundo, e uma pessoa livre que em um único ato definitivo dá a Deus toda sua vida em um supremo ato de fé, de esperança, de caridade. Que se abandona nas mãos do Criador e do Redentor, sacrifica a própria vida para ser associado de modo total ao sacrifício de Cristo na cruz", explicou.
"Nós, aqui, provavelmente não seremos chamados ao martírio, mas nenhum de nós é excluído da chamada de Deus à santidade", acrescentou Bento XVI, assinalando que isso significa "tomar a cruz sobre si a cada dia".
"Sobretudo no nosso tempo, no qual parecem prevalecer o egoísmo e o individualismo, devemos assumir como primeiro e fundamental compromisso fazer crescer diariamente um amor maior a Deus e aos irmãos, transformar nossa própria vida e transformar assim o mundo", completou ele.
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